Violência Obstétrica

 

A Violência Obstétrica é um tema cada vez mais abordado.
Quem nunca leu ou ouviu relatos assustadores de partos!?
Quem nunca leu ou ouviu relatos de mulheres que são gozadas durante o parto, com frases menos apropriadas, proferidas por profissionais de saúde?

Felizmente, em Portugal, são cada vez menos os relatos relativamente a este tipo de situações.

O que é então a Violência Obstétrica?

“Violência Obstétrica é qualquer ato ou intervenção direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera, ou ao seu bebé, que tenha sido praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher/casal e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências.”

www.humpar.org/violencia-obstetrica.html

 

Muitos dos actos de violência obstétrica são considerados como normais e por isso são aceites pela maioria das mulheres. 

Alguns dos casos mais frequentes de violência obstétrica são:

  • Tratar a mulher em trabalho de parto de forma agressiva, não empática, rude, em tom de gozo, dando-lhe ordens e nomes infantis e diminutivos, tratando-a como incapaz, com indiferença, ou de qualquer forma que a faça sentir-se humilhada ou assustada;

  • Submeter a mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou humilhantes, como:- Posição ginecológica (estar deitada de costas, expondo os genitais) estando a porta do quarto aberta; – Ser “tocada” (exames vaginais) mais de uma vez e por várias pessoas ao longo do trabalho de parto, geralmente sem esclarecimento ou sem sequer pedir permissão; – Submeter a mulher a qualquer outra rotina desnecessária e que implique um aumento do seu desconforto na sua experiência de parto, como descolamento de membranas (“toque doloroso”), amniotomia (rutura artificial de membranas), proibição da ingestão de líquidos via oral, etc.,

  • Fazer pouco ou recriminar por qualquer comportamento menos aceitável socialmente, como gritar, chorar, ter medo, vergonha, etc;

  • Repreender, ameaçar, fazer chantagem ou assediar em termos morais a mulher/casal por qualquer decisão que estes possam ter tomado, se essa decisão for contra as crenças, fé ou valores morais de qualquer membro da equipa, por exemplo: não ter feito ou feito de forma considerada inadequada o acompanhamento pré-natal, ter muitos filhos, ser mãe jovem (ou o contrário), ter tido ou tentado ter um parto em casa, ter tido ou tentado ter um parto sem assistência médica, ter tentado ou ter efetuado um aborto, ter atrasado a ida para o hospital; não ter dado todas as informações pedidas, seja intencional ou involuntariamente.

    Veja mais em: www.humpar.org/violencia-obstetrica.html

 

Enquanto mulher e mãe, penso que….

Em relação aos actos médicos, cabe a cada uma de nós, mulheres, em parceria com o profissional de saúde que nos acompanha,  fazer a análise do que será ou não necessário com base em explicações médicas e factos concretos.

Penso que não devemos generalizar, pois há situações em que é necessário determinada intervenção médica que para algumas pessoas poderá ser considerada como violência obstétrica, mas que por algum motivo teve ou terá que ser realizada.

Cada caso é um caso.

Penso que o mais importante é que cada mulher tenha direito à sua opinião e a decidir se quer, como quer e onde quer. Podemos falar em relação ao parto, como em relação a qualquer outro acto médico.

O mais importante é que a mulher seja respeitada, assim como as suas vontades!

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