O que é?
O síndrome de morte súbita infantil (SMSI) é uma das principais causas de morte durante o primeiro ano de vida.
Tal como o nome indica o SMSI não é mais do que a morte súbita de um bebé, sem causa nem explicação possível.
A maioria dos casos conhecidos, aconteceram entre o 2º e 6º mês de vida, e a probabilidade da acontecer diminui bastante após o primeiro ano de vida.
Factores de risco:
Do pouco que ainda se conhece deste síndrome, sabe-se que existem alguns factores que poderão aumentar a probabilidade de ocorrência. São eles:
Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria
1) Predisposição individual: causas genéticas / constitucionais afectando a maturação de zonas do tronco cerebral responsáveis pelo controlo das funções vitais (ritmo cárdio-respiratório, pressão arterial, sono e acordar). ;
2) Causas desencadeantes – as patologias habituais desta faixa etária, numerosas e variadas, por vezes acumuladas, nomeadamente infecção, refluxo gastroesofágico, hipertonia vagal, hipertermia;
3) Causas favorecedoras – ligadas ao ambiente do lactente, como sejam, a posição no berço em decúbito ventral ou lateral, o tabagismo, condições sócio-económico-culturais deficientes, mau seguimento pré natal, com nº de consultas inferior ao programado, dormir com a mãe (sobretudo se ela estiver muito cansada ou tiver ingerido calmantes ou álcool), dormir com pai, irmãos ou mais do que uma pessoa e dormir no sofá.
Outros casos também são descritos como factores de risco, como é o caso de: Nascimento Prematuro, Gravidez gemelar, baixo peso do bebé no nascimento e historial de SMSI na família.
O que fazer para reduzir o risco de SMSI?
- Colocar o bebé para dormir de costas (decúbito dorsal). SEMPRE!
Nunca colocar o bebé de barriga para baixo (decúbito ventral). A posição de lado também é desaconselhada.;
. - O bebé deve dormir sobre um colchão firme e bem adaptado à cama/berço;
. - Evite sobreaquecer o bebé. Evite cobertores em demasia e principalmente edredons, nos primeiros meses de vida.
Uma boa opção são os sacos de dormir (tenha atenção ao TOG)
. - O quarto onde o bebé dorme deve estar a uma temperatura de 18/21º.;
. - Coloque o bebé para dormir com os pés a tocar o fundo da cama. Isto evita que o bebé escorregue e fique debaixo dos lençóis/cobertores que o tapam;
. - O bebé deve dormir no quarto com os pais (mas não na mesma cama);
. - Evite fumar durante a gravidez;
. - Evite expor o bebé a fumo de tabaco;
. - Não deve usar almofadas no berço do bebé. Evite peluches e outros objectos dentro da cama/berço do bebé;
. - Visite o pediatra/medico assistente com regularidade;
. - Ofereça a chupeta ao bebé (se o bebé mamar, espere algumas semanas para tentar habituar o bebé à chuca, a fim de não prejudicar a adaptação à mama).
Este é um assunto delicado e que causa muita preocupação nos pais. É muito comum os pais verificarem constantemente se o bebé esta a respirar, principalmente nos primeiros meses. Muitos pais nem conseguem dormir convenientemente com medo que algo aconteça. É normal que haja este medo, no entanto não devem viver sobressaltados com isto.
A probabilidade de acontecer é reduzida, principalmente se seguir os conselhos que descrevemos em cima.
Fale abertamente com o pediatra/medico assistente do seu bebé.
A partir dos 6 meses (+-) o bebé começa a mexer-se bastante e virar-se na cama. É provável que o bebé se vire e adormeça de barriga para baixo. Não é motivo de alarme nem deve ficar sobressaltada com esta situação. Sempre que possível vire-o de costas, mas não é necessário estar em alerta constante. O risco diminui bastante a partir do 6º mês de vida. No entanto deve continuar a ter os cuidados acima mencionados.